As apostas e os jogos de azar on-line são atividades de entretenimento e, às vezes, podem ser lucrativos. Milhões de pessoas em todo o mundo desfrutam desse passatempo, que é cada vez mais popular no Brasil. Entretanto, muitas vezes, o que era inocente e divertido se torna perigoso, afetando negativamente a vida do jogador e a de seus familiares e amigos.
É importante lembrar que as apostas e os jogos de azar on-line devem ser abordados com responsabilidade. Aqui estão algumas dicas essenciais para manter a experiência divertida e segura: Aposte somente o que pode perder, não tente recuperar perdas anteriores, decida quanto tempo vai jogar antes de começar e evite ver o jogo como uma forma de ganhar dinheiro.
As plataformas de jogos e apostas on-line incorporaram vários mecanismos criados para proteger os jogadores e promover um ambiente de jogo saudável. Alguns dos mecanismos mais eficazes são:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o vício em jogos de azar um distúrbio psicopatológico, como a cleptomania (a necessidade de roubar coisas, valiosas ou não). A ludopatia é, portanto, a incapacidade de resistir à compulsão de fazer apostas em troca de dinheiro. Alguns pesquisadores afirmam que muitos apostadores, diagnosticados com a doença, compartilham características muito semelhantes às dos viciados em substâncias químicas, como a cocaína e o ecstasy, por exemplo.
O jogador impulsivo-compulsivo não tem controle de suas ações quando dominado pelo desejo incessante de jogar. Ele joga com frequência e sem moderação, o que leva a grandes perdas, tanto financeiras quanto pessoais.
Embora muitos estudos ainda estejam em andamento, os ludopatas têm comportamentos específicos, que precisam ser percebidos por aqueles que convivem com eles. Detectar determinados comportamentos pode ajudá-los a enfrentar o problema de forma mais rápida e satisfatória. Portanto, fique atento às atitudes de quem você ama se perceber que há:
De acordo com especialistas, o vício em apostas e jogos passa por três fases bem distintas:
Sem dúvida, chegar a esse terceiro estágio não é nada fácil; portanto, é importante saber como administrar seu tempo e dinheiro desde o primeiro minuto em que você decidir entrar no mundo das apostas e dos jogos. Negar o vício não fará com que ele desapareça, mas enfrentá-lo com sabedoria e, na maioria das vezes, com ajuda, sim. E aqueles que sofrem de compulsão não estão sozinhos: uma pesquisa realizada pelo departamento de psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que mais de 2 milhões de brasileiros (cerca de 1% da população total do país) têm algum nível de vício em apostas. Buscar apoio, ouvir conselhos e aceitar ajuda são as três regras básicas para uma vitória eficiente e feliz.
Uma ferramenta útil para detectar um vício é preencher um questionário de autoavaliação, como o abaixo, disponibilizado pela gamblingtherapy.org
Você pensa em jogar o tempo todo ou muito tempo?
Você está se esforçando para jogar menos ou parar?
O jogo é a principal fonte de diversão em sua vida?
Você parou de fazer outras coisas que costumava gostar?
Os jogos ocupam a maior parte do seu tempo livre?
As pessoas ao seu redor estão preocupadas com o quanto o você joga?
Você mente sobre o quanto está jogando para amigos/familiares?
Os jogos estão afetando negativamente sua vida escolar, profissional ou social?
Você está perdendo o sono por causa dos jogos?
Você está usando os jogos para ajudar a lidar com sentimentos ou humores difíceis?
Se a resposta a uma ou mais dessas perguntas for sim, sugerimos que peça ajuda.
Nem sempre é fácil reconhecer quando alguém que amamos pode estar sofrendo de dependência de jogos. Como mencionado anteriormente, mentiras e omissões são frequentes e fazem parte da vida diária de um ludopata. Se você perceber alguns dos sinais apresentados, fique atento. Se a pessoa reconhecer o problema que tem e pedir sua ajuda, leve-a em consideração e ofereça ajuda.
O mais importante é que o jogador saiba em que consiste o vício e esteja aberto a ouvir – e colocar em prática – os conselhos e sugestões dados. As discussões estão fora de questão, pois colocarão a pessoa afetada na defensiva, afastando-se de você e mentindo ainda mais sobre o vício.
Embora não seja fácil fazer com que um dependente em jogos reconheça e aceite seu problema, você pode conversar com ele sobre como a situação interfere negativamente em seu relacionamento com os outros, bem como sobre o que pode ser feito para resolvê-la. Se isso não funcionar, uma das estratégias, geralmente positiva, é realizar uma intervenção. Ou seja: alguém próximo expõe diretamente ao ludopata o problema e o que ele vem causando na vida de todos ao seu redor. Em um primeiro momento, pode não haver mudança. Entretanto, o jogador começa a perceber que existe um vício e, a longo prazo, pode vir a aceitá-lo. É importante lembrar que o tom da conversa deve ser sempre positivo e amoroso, sem muito foco no problema, mas na solução.
Se você ou alguém que você conheça é viciado em jogos de azar, há muitos recursos de ajuda disponíveis atualmente – desde terapia de grupo até visitas periódicas a um psicólogo ou psiquiatra.
Uma opção de tratamento no Brasil são os Jogadores Anônimos. Desde 1957, muitas pessoas conseguiram superar o vício em jogos graças ao trabalho psicoterapêutico realizado nas diversas sedes da instituição, espalhadas pelas quatro regiões do Brasil.
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